"Ora disse o Senhor...: Sê tu uma benção!"

O Senhor te fala e lhe dá promessas. Confia nEle e as promessas se cumprirão em tua vida. Muitas vezes pode parecer absurdo e insano largar tudo para trás. Na nossa terra há amigos, família, conforto e apoio. Porém não é este o mundo em que vivemos. O mundo em que vivemos precisa de bençãos e essas bençãos somos nós. Nós somos os que Deus usa para levar conforto e paz e compartilhar a salvação através de Jesus Cristo. Como conhecerão a Verdade se conosco não aprenderem? Verdade esta que nos impulciona a fazer o bem sem olhar a quem.

Servir este ano em Moçambique será um grande desafio mas eu tenho a promessa de que Cristo estará sempre comigo até o fim e melhor companhia não pode existir.

O que espero deste ano? Ver o poder de Deus se manifestar; respeitar o povo ao meu redor; agradecer, ser paciente, ouvir; construir pontes, relacionamentos; rir muito; encontrar maneiras de adorar meu Deus de dia e de noite; dar graças; não temer o novo e ousar sempre.

Deus me abençoará e serei uma benção!







segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Mais uma viagem de Machanga a Beira

4:45 – O sino toca;
5:45 – Me levanto, acordo Serena (a convidada a dar palestras sobre agricultura), faço um café;
6:45 – O motorista chega para nos levar até Zivava, compramos pães e chá para levar para as meninas, já que não terão tempo para almoçarem;
7:00 – O carro está parado a 200 metros do centro, já avariou e nem começamos o dia ainda. Mas bola para frente, o motorista é bom mecânico e logo estamos a caminho.
A manhã começa com a palestra sobre métodos de agricultura em data show, que logo tem que ser interrompida por falta de eletricidade. Hakuna Matata, sem problemas começamos então a aula de artesanato com jornais e todos apreciam a atividade ainda que com alguma dificuldade para efetuá-la. A corrente volta e a palestra vai até o fim desta vez. Logo após é servido um pequeno lanche e as pessoas são dispensadas.
Será um longo dia na missão de Zivava e passarei o dia todo pois a palestra da tarde começa em pouco tempo e estou auxiliando Serena em tudo.
15:45 – O telefone toca. Maguengue na linha me avisa que não saiu carro de Beira para Machanga e portanto não poderei viajar no outro dia a menos que atravesse para Mambone e pegue a chapa das 4:00 para Vilanculos no dia seguinte.
A tarde então torna-se mais agitada até que eu decido atravessar o rio e tento convencer minha nova amiga de Peace Corps que vive em Mambone para deixar que eu pernoitar por lá. Como ela mora numa casa de matope, acha que será muito desconfortável. Mas insisto que não me importo pois tenho que estar lá as 4:00 para pegar a chapa.
16:00 – Corro para American Board para arrumar minha mochila para Beira e corro mais ainda para chegar a tempo a margem do rio para pegar uma canoa antes das 18:00, pois após esse horário elas não atravessam mais.
Consigo chegar a tempo, entretanto não antes de escorregar na merda de uma vaca e cair de joelho no chão, - mas não se preocupem, como não tinha tempo para sentar e chorar continuei minha jornada, - depois de caminhar por quase 40 minutos na areia para chegar até o rio, tive antes que passar por uma area alagada, - tirei as sandálias, ergui a saia e vamos que vamos, - cheguei a margem e atravessei finalmente. Já nas areias de Mambone pisei em uns espinhos bem afiados, mas por sorte os furos no pé não foram profundos e continuei a jornada até a casa onde passaria a noite.
18:45 – Ao encontrar Sophia e relatar o meu dia até o instante ela disse-me que eu podia reclamar a vontade, afinal meu dia tinha sido terrível. Reclamar?! Reclamar por que?! Tudo deu certo. Consegui chegar a margem a tempo, atravessei segura sem a que a canoa virasse, o que foi ótimo pois trazia meu computador comigo, estava em Mambone e conseguiria pegar a chapa das 4:00 no dia seguinte. Decidi que não era justo reclamar e não o fiz. É claro que estava faminta depois de um dia bem agitado e embora muitos reclamem do maná desta terra o que me alimentou foi massa e matapa. Depois de um bom banho de balde e muita conversa fomos dormir para acordar bem cedo no dia seguinte.
3:15 – O despertador toca, saimos ainda com a lua cheia lá em cima. Consigo entrar na chapa e agora só esperar. Depois de umas 2horas desço em Maluvane para esperar por uma chapa que vem de Vilanculos para Beira. Nada de chapa e como uma família pede boleia em um caminhão descido fazer o mesmo. Depois de negociarmos um valor até Inchope parto no meio de dois Moçambicanos que sairam de Maputo para entregar aquele caminhão em Zambezia. O combustível do caminhão acaba em Muxungue e eu vejo a oportunidade de me livrar da boleia e tentar uma chapa.
7:45 – Entro em uma chapa para Beira que só sai as 9:45 quando já não cabe nem mais uma mosca. Lá pelo meio-dia chego em Inchope e decidi descer ali e pegar uma chapa para Chimoio, estou exausta e Chimoio é mais perto e devo uma visita a Cybelle.
14:00 – Chego em Chimoio e tomo um banho. E agora sim estou pronta para o que vier pela frente. Descanso um pouco e Segunda bem cedo Cybelle e eu partimos para Beira. Demora um pouco a jornada de Machanga a Beira desssa vez, mas tudo bem o importante é que cheguei.

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